Neste episódio, as sócias Amanda Visentini e Renata Simon abordam os desafios enfrentados por empresas familiares após a conclusão de uma operação de M&A, especialmente quando membros da família permanecem na gestão ou no capital da companhia. A conversa destaca a importância de uma transição bem estruturada e de mecanismos contratuais que assegurem equilíbrio entre os interesses da família e do novo sócio.
As sócias explicam que o sucesso da convivência pós-closing depende, em grande parte, do tipo de investidor envolvido. Enquanto investidores estratégicos tendem a promover uma integração mais gradual, investidores institucionais podem exigir mudanças rápidas e maior rigor na governança, o que intensifica os desafios de adaptação.
A estrutura contratual, segundo elas, deve prever regras claras sobre governança, direitos decisórios e mecanismos de liquidez para a participação remanescente da família. Também é essencial definir um interlocutor familiar para facilitar a comunicação com o investidor e garantir fluidez no processo decisório.
O episódio reforça, ainda, que a governança não deve se limitar ao acordo com o investidor. A existência de um acordo interno entre os membros da família é igualmente relevante para assegurar unidade, previsibilidade e legitimidade na tomada de decisões, contribuindo para uma convivência saudável e sustentável no novo ciclo societário.