Valor Econômico
Alta de juros impulsiona modalidade que investe em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e, ao mesmo tempo, inibe avanço dos que aplicam diretamente em terras ou em empresas do setor
A alta dos juros no Brasil impulsionou os fundos de investimento das cadeias agroindustriais (Fiagro) que investem em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e, ao mesmo tempo, inibe o avanço de outras modalidades, como os fundos que aplicam diretamente em terras ou em empresas do setor. De forma geral, as perspectivas são positivas para todo o segmento, e as previsões são de crescimento, podendo o patrimônio chegar a R$ 100 bilhões em cinco anos, 14 vezes maior do que os R$ 7 bilhões em setembro.
O Fiagro tornou-se disponível aos investidores em outubro de 2021. Tanto a legislação que criou o produto quanto as regras iniciais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tiveram como base as normas dos fundos imobiliários. Essa indústria, que existe há 20 anos e tem patrimônio de mais de R$ 180 bilhões, é alvo de comparação com os fundos do agronegócio. Como o setor imobiliário e de construção civil representa menos de 10% do Produto Interno Brasileiro (PIB) e o setor agrícola é de mais de 25%, as expectativas são de forte crescimento para o Fiagro.
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A Kijani Investimentos chegou a protocolar um pedido na CVM para lançar um Fiagro de terras, mas acabou desistindo. “Recuamos no momento em que a Selic passou de 10%. Quando os juros arrefecerem, estaremos prontos”, diz o fundador da gestora, Bruno Santana. Pela mesma razão, os Fiagro Fip não decolaram. “Este produto se assemelha ao venture capital e private equity. Quando a taxa de juros estava muito baixa, havia um cenário favorável para o investidor migrar para capital de risco. O momento é de maior cautela”, diz Erik Oioli, sócio do VBSO Advogados.
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