Não podemos ignorar as transformações tecnológicas

Decisor Brasil

Erik Oioli é sócio-diretor do Vaz, Buranello, Shingaki & Oioli Advogados (VBSO), escritório que ocupa a 45ª posição na lista de Top Decisores: Managing Partners. Na entrevista, ele fala sobre a ênfase na gestão de pessoas na estratégia do escritório e sobre o ranking de Blockchain & Cryptocurrency da Leaders League, no qual ocupam a posição de liderança

Como você avalia o posicionamento do seu escritório no mercado jurídico brasileiro?

O VBSO Advogados é um escritório altamente especializado em 4 grandes áreas: agronegócio, mercado financeiro e de capitais, societário e M&A e tributário, praticando uma advocacia tanto consultiva ou transacional quanto contenciosa. Neste contexto, atuamos tanto em grandes transações, como os escritórios “full service” quanto lidamos com assuntos complexos e processos artesanais, como os pequenos escritórios boutique. Para tanto, buscamos aliar elevados padrões de competência técnica e negocial com excelência no atendimento, além de estar atentos às inovações em nosso negócio e nos negócios de nossos clientes, sempre buscando geração de valor. E, para esta estratégia funcionar, a chave de tudo são as pessoas. Um dos nossos grandes desafios, fundamental até aqui para nosso sucesso, é conseguir atrair, formar e reter bons talentos, num ambiente onde as pessoas se sentem respeitadas, valorizadas e possuem reais oportunidades de crescer e participar ativamente da construção do negócio.

Na sua avaliação, quais são as perspectivas para o mercado jurídico?

O mercado jurídico é bastante amplo e sempre muito cheio de oportunidades.  Vivemos em um país com uma legislação complexa e em constante mudança. Também temos uma economia forte e muitos setores econômicos que demandam grandes investimentos, como infraestrutura, agronegócio, construção civil, logística, saúde, saneamento e educação. Além disso, os avanços tecnológicos têm levado ao surgimento de inúmeros novos negócios e demandas jurídicas para solução de problemas novos e complexos. Claro que isso também impõe desafios. Os próprios avanços tecnológicos devem causar impacto cada vez maior na vida do advogado. Desde a forma de trabalhar a até mesmo revisão de modelos de cobrança de honorários. Um dos principais desafios, em minha visão, também diz respeito à formação de novos profissionais e a requalificação daqueles já mais experientes. E outro ponto de atenção, bastante sensível em algumas áreas do Direito em particular, se refere à adequação de rotinas de trabalho e qualidade de vida dos colaboradores.

Como descreveria as particularidades da sua gestão à frente do escritório?

Fui eleito há 7 anos com managing partner do VBSO Advogados. Na verdade, estou caminhando para o final do meu segundo mandato, que é de 4 anos cada um. Neste período, o escritório passou por um profundo processo de profissionalização, ajustes na governança e alinhamento da sua estratégia e cultura. Neste período, nosso faturamento aumentou em mais de 400% e triplicamos em número de colaboradores. O escritório é reconhecido em todas as suas áreas pelas principais publicações nacionais e internacionais, como a Leaders League. Buscamos medir a satisfação de nossos clientes por meio da pesquisa NPS, cujo resultado atualmente é 10, o que é excepcional. Temos estado à frente das principais discussões e agendas legislativas em nossas áreas de atuação, participando ativamente do desenvolvimento de novas leis e produtos no agronegócio, mercado de capitais e direito societário. Fomos um dos primeiros escritórios do Brasil a obter o selo Great Place to Work, que vem sendo mantido anualmente desde então e que, pessoalmente, considero um dos reconhecimentos mais importantes: o de nossas pessoas. Tenho muito orgulho da forma como lidamos com nossas pessoas, pois, sem elas, não somos ninguém.

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