30.03.2023
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Igualdade de gênero nas lideranças ainda é grande desafio das empresas

Análise Editorial

A edição 2023 da pesquisa Women in Business, realizada pela Grant Thornton, mostra que as mulheres têm ocupado cada vez mais os cargos de liderança: 28% das empresas de médio porte no mundo têm uma diretora executiva (CEO), acima dos 15% em 2019. As pressões exercidas às empresas em torno dos critérios ESG (ou ASG, na sigla em português – Ambiental, Social e Governança), estão exigindo das companhias novas estratégias para impulsionar a diversidade no ambiente de trabalho e, especialmente, na alta liderança.

De acordo com o estudo, o maior número de mulheres em cargos de gestão sugere que estratégias de planejamento de sucessão de liderança, como a implementação de fortes programas de treinamento e suporte de bem-estar e o fornecimento de mentoria e coaching, estão funcionando. Além disso, o trabalho híbrido teve um impacto importante, pois garantiu menos viés no recrutamento de mulheres para essas funções.

Mas, ainda que o número total de mulheres em cargos de gestão tenha aumentado, o ritmo desse avanço segue bastante lento. Um outro estudo, conduzido pelo Fórum Econômico Mundial em 2022 avaliou que a incerteza econômica provocada pela pandemia de Covid-19 atrasou o progresso pela equidade de gênero em todo o mundo. De acordo com a instituição, ainda serão necessários 132 anos para que as mulheres estejam em condições iguais às dos homens no trabalho e em outros ambientes sociais.

A desigual divisão de tarefas domésticas, a discriminação, abusos e assédios no ambiente de trabalho e as barreiras etárias e também étnico-raciais são alguns dos principais motivos que dificultam alcançarmos a desejada paridade de gênero. A sociedade de uma forma geral ainda não lida bem com a ambição feminina e o sucesso profissional das mulheres, especialmente daquelas que são mães. Por outro lado, o homem, quando se mostra ambicioso, apenas está cumprindo o papel social que se espera dele.

Esse comportamento, fruto de uma histórica cultura patriarcal e machista, nos ajuda a entender o motivo de tantas mulheres ficarem pelo caminho e não alcançarem o “topo da pirâmide” nos ambientes sociais e profissionais.
O machismo estrutural é uma das barreiras mais relevantes para a ascensão e efetivação dos direitos das mulheres. É importante que cada mulher saiba reconhecê-lo e entender o que são as micro agressões de gênero diárias que acontecem nas mais diversas situações. É o primeiro passo para que consigam se precaver delas.

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