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A segunda metade deste ano mostra um novo perfil para o ambiente de fusões e aquisições de empresas (“M&A”) no Brasil. Se, no início do ano, os negócios eram pautados pela busca por desalavancagem, agora transações ganham caráter estratégico, com cifras mais altas e maior participação dos estrangeiros. Reflexo disso está na agenda lotada de assessorias financeiras e consultorias que trabalham com M&As, que projetam um volume ainda maior para o início de 2024.
“Eu estou muito confiante em relação ao primeiro semestre do ano que vem. As conversas foram retomadas entre junho e julho. Se o processo começou nesse período, provavelmente, os negócios sairão entre dezembro e janeiro”, explica Daniel Wainstein, sócio da Seneca Evercore. “Até pelo ciclo de vida das negociações, vejo que muita coisa pode ser engatilhada neste ano para sair no primeiro semestre de 2024”, reforça Reinaldo Grasson, sócio de Financial Advisory da Deloitte.
De janeiro a agosto deste ano, foram 1,3 mil operações de M&A, que movimentaram R$ 151,2 bilhões, segundo dados do Transactional Track Record (TTR) compilados pela Deloitte. No comparativo com igual período de 2022, isso representa recuo de 27,5% em volume e 38,3% em receita.
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“Os M&As não param nem na bonança e nem na crise, mas o timing foi maior e o perfil era diferente. Foram deals com pouco pagamento à vista e muita estruturação, como o uso de earn out”, lembra Renata Simon, advogada e sócia do VBSO na área de fusões e aquisições. “Não foram super transações, mas foram criativas. Até prejuízo fiscal virou fator de upside nessas avaliações.”
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